Eu me pergunto que tipo de alucinação coletiva aconteceu com a humanidade na época da escravidão. Como as pessoas podiam não desconfiar que estavam sendo horríveis? E o que mais me intriga é o seguinte: Se isso acontecia, o que será que fazemos hoje que daqui há cem ou duzentos anos teremos rechaço? O que será? Que tipo de idéia estamos seguindo e não percebemos que é repugnante?
Como não tenho ainda essa resposta na ponta da língua, paro na questão da escravidão. Essa coisa tão penosa, tão triste e desumana que Castro Alves lindamente tratou em seus versos, hoje ainda pode ser vista como realidade se encararmos diferentes contextos. Meu professor de História da Cultura me odiaria por esse comentário. Ele dizia “Não temos escravidão, é trabalho compulsório não-remunerado”. Que seja! Para facilitar, eu chamo de escravidão mesmo. E das piores, pois agora a alucinação coletiva está canalizada em outras coisas. Não está?
Minha colega de estágio encaminhou para mim um link lamentável do Ministério do Trabalho com a lista de empresas que utilizam mão-de-obra escrava ainda nos dias de hoje.
Trabalhistas, o que podemos fazer? Educadores, e agora? Comunicólogos, vamos engrossar o grito?
Andrada! arranca esse pendão do ares!
Colombo! feche a porta dos teus mares!
Mais:
Leia o Art. 7º da nossa Constituição
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
O Navio Negreiro de Castro Alves
“…Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda…”
Cecília Meirelles
6 julho, 2008 às 5:37 pm
É um absurdo….
Isso sem contar com os sub-empregos q as pessoas se sujeitam…
Pessoas q trabalham 10, 12 horas por um salário mínimo…
Mtas sem nem registro em carteira…. Aff…
Só para constar, não consegui abrir o link sobre o MTE, então segue oq eu consegui encontrar no site:
Clique para acessar o lista%202008_06_25.pdf
Bjos…. ;)
6 julho, 2008 às 11:04 pm
Estagiário da oab, mutatis mutandis, é escravo também… inventaram essa tal de “bolsa-auxílio” (também conhecido como “vale-coxinha”) como forma de cala-boca na galera… quem já foi burro de carga ou office-boy de luxo sabe do que estou falando :)
Quanto à escravidão do post, infelizmente, ainda é uma realidade no Brasil…
6 julho, 2008 às 11:06 pm
Obrigada, Andressa!
Danyllo, ahahaha, adorei o “vale-coxinha”. Com catupiry, por favor!
7 julho, 2008 às 8:36 am
Para o futuro, sonho com o fim do especismo, que animais não sejam mais confinados, torturados e mortos para a nossa diversão e satisfação da nossa gula. Acho que quando os seres humanos começarem a amar e respeitar uns aos outros, estaremos a um passo disso.
Bjos
7 julho, 2008 às 2:13 pm
O direito é legal mas a infâmia é demais!
7 julho, 2008 às 9:22 pm
Até agora não aceitei nenhum estágio justamente por causa do “vale-coxinha” oferecido…
Então infelizmente sigo trabalhando em uma área q não é exatamente a q eu estou estudando, mas q me banca…. :(
Mas eu adoro meu trabalho!!!! rs…
8 julho, 2008 às 5:47 pm
Se vocês acham que vale coxinha é privilégio de estagiário, vire pesquisador em direito e venha experimentar um vale-empadinha…
8 julho, 2008 às 7:37 pm
kkkkkk
Pedro vc agora chutou o balde hein?!?
Amei!!!
14 julho, 2008 às 4:57 pm
Sem querer ser chato, mas você vai querer uma coxinha para atualizar o blog?
Bjos!
20 julho, 2008 às 11:19 pm
Acompanho o voto do relator Pedro: quer uma coxinha para atualizar, é?
=***
5 janeiro, 2009 às 12:20 pm
O que esta faltando a todos de um modo geral,para as autoridades e sociedade coletiva é a consciência da ética ,moral,conduta,habitos e costumes desde a criação de casa até a escola e depois o reflexos perante o que se aprendeu ou seja na escola ou em casa mesmo.
Mas vem tbem o lado humano das coisas ,a solidariedade ,a religião etc..,sem tudo isso fica dificil de estarmo perto de um livre direito a que merecemos