Isonomia sim, abuso não

Se estou no ponto de ônibus e vejo uma velhinha, levanto-me do banco e dou lugar a ela. Se estou sentada no ônibus, a mesma coisa acontece. Acho correto dar preferência aos idosos, por uma questão de bem-estar para eles. Mas vejo que há abuso entre os próprios idosos. Vou relatar um caso que não ocorreu comigo, mas com meu pai:

Ele almoçou num restaurante a quilo próximo de casa e foi pagar. Havia uma fila para pagar no caixa e, quando chegou sua vez, um idoso que estava atrás, pediu a funcionária do caixa que chamasse sua chefe. A chefe chegou e o idoso disse “é um absurdo que sua funcionária não tenha me dado preferência, eu sou idoso, tinha que ser passado na frente, desisti de pagar na fila, não vou pagar” e saiu. Meu pai, que ainda estava realizando o pagamento pediu que a funcionária novamente chamasse a chefe. Ela, desanimada, chamou. E ele “olha, eu queria registrar que sua funcionária sempre me atendeu bem, com eficiência, sempre foi muito atenciosa e prestativa e eu não concordo com essas reclamações feitas sobre ela. Fica registrado o meu elogio”. As duas ficaram mais satisfeitas e meu pai foi embora com a conta paga.

Assim como o código de defesa do consumidor, vejo que o há abuso com o estatuto do idoso. Não tenho nada contra os idosos, mas se o velhinho não queria ficar na fila para pagar o restaurante, que pedisse a conta na mesa. Tenho certeza que seria muito bem atendido e nem teria que pagar gorjeta. Ele não pagar porque a funcionária não o viu, acho errado e muito antipático.

Em fila de banco também observo algo de errado. Por mim, deve haver um caixa especial só para essas pessoas que têm preferência, pois muitas vezes, o atraso é bem maior para todos os demais porque de minuto em minuto chega um idoso ou uma senhora grávida e passa na frente, por ser o mesmo caixa quem atende a todos. Nada contra eles, insisto, até porque, se tudo der certo, pretendo passar pelas duas experiências. Mas que o abuso existe, ele existe. Direitos e deveres iguais. É o que peço.

Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na exata medida de suas desigualdades”.

Veja mais: Empresas usam idosos para furar fila

Texto divertido sobre a fila dos idosos

Banco de Lei de Idosos – Prefeitura de BH

Estudo do Princípio da Isonomia

3 Respostas to “Isonomia sim, abuso não”

  1. Dani Says:

    Pois é, eu concordo com você, acho que em alguns casos há abusos mesmo, lembro muito dessas coisas da época em que eu trabalhava de Office Girl, sempre que eu ia no Bradesco tinha um senhor (sempre o mesmo) que ficava causando por causa desse negocio, sendo que lá existia essa fila só para atendimento preferencial, mas ele não queria esperar nem os outros idosos.

  2. Pedro Says:

    Olá,
    acabei de me formar em direito pela USP e pretendo seguir carreira na área acadêmica.
    Por isso, para praticar e, quem sabe, ajudar quem tem dúvidas, criei um blog sobre processo penal, o qual pretendo atualizar sempre com matérias, doutrinas, notícias e, principalmente, opiniões.
    Se você pudesse dar uma passada lá pra checar o conteúdo, e se gostar colocar um link pra minha página, seria um prazer botar um link da sua página no meu blog.
    Link: http://oprocessopenal.blogspot.com/

    Abraços,
    Pedro

  3. Pedro Says:

    Valeu por ter ido lá dar uma olhada, mas principalmente por ter dado um pitaco.
    Putz, o negócio do título é mesmo o que você falou (na verdade eu ainda não sei usar muito bem o photoshop, então fiz uma coisa só pra não deixar um título sem graça).
    Pode deixar que vai ter um link pro seu blog na minha página, será um prazer!

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