A notícia da iraniana que foi inocentada do assassinato do marido e mesmo assim vai sofrer pena de morte tem abalado a cabeça dos brasileiros e, tenho certeza, também dos próprios iranianos.
Antes de comentar este caso,quero falar sobre esse povo: os iranianos. Pelo menos, os iranianos que conheci.
Quando estive em Vancouver no final do ano passado e início deste ano conheci vários. Tinha a impressão que seriam pessoas retrógradas e extremamente religiosas. Retrógrada era eu!
As mulheres iranianas que conheci poderiam muito bem se passar por brasileiras. Eram morenas lindas, simpáticas, apaixonadas pelo conhecimento e completamente avessas ao governo de seu país. Por conta dele, muitas delas migraram para o Canadá e lá pretendem construir uma nova vida. Parissa (olha que nome lindo!), minha colega de sala, iria fazer faculdade em Vancouver. Ela falava ótimo inglês, entendia tudo de literatura e dizia ser mulçumana não praticante por não ter tido outra opção. Daryan, outro colega, era viciado em vídeo-game, gostava de contar piadas e me ensinou uma série de macetes da internet!
Foi naquela escola que descobri que nem sempre o povo responde pelo governante que tem. Meus amigos Venezuelanos eram outro exemplo de indignação e tristeza com o que acontecia no país deles.
Por isso, ao ver essa bizarrice da mulher ser inocentada e condenada assim mesmo, minha tristeza fica maior, porque sei que ela é gente como a gente, e, por causa de insanidades alheias, não tem mais o direito de viver.
O movimento “#ligaLula” pelo Twitter, ao meu ver, foi uma grande interferência da Internet nas questões diplomáticas. Tenho dúvidas se chegará ao resultado esperado, mas, ainda assim, serviu para tentarmos.
Aqui no Brasil, um advogado me contou um caso por e-mail. Tratava-se de um homem que foi inocentado pela justiça, mas como a decisão não transitava em julgado, não conseguia emitir o “nada consta” exigido por empregadores e, conseqüentemente, não conseguia emprego. Em menor grau, é uma situação semelhante, uma vez que, mesmo inocente, o Sr. Sebastião (este é o nome dele) estava condenado.
Pensemos então, na parcela de culpa que cabe a cada um de nós pelo escasso desenvolvimento que o Brasil, quiçá o mundo, está vivendo. Pensemos mesmo! Trabalhemos muito. Votemos melhor. E vamos torcendo por essas pessoas. Afinal, podia ser com a gente.
Mais:
Brasil formaliza oferta de asilo a iraniana
10 agosto, 2010 às 11:14 pm
É triste demais ainda existir paises com o pensamento
fechado, e como todo desevolvimento continuam
sem mudança nenhuma.
Apesar dos pesares o nosso Brasil caminha, desenvolve para melhor
mesmo que seja uma caminhada devagar.
Muito bom seu blog
vou voltar sempre ;*
12 agosto, 2010 às 1:02 am
[…] Site: https://direitoelegal.wordpress.com/2010/08/10/o-ira-perto-de-nos/ Fonte: https://direitoelegal.wordpress.com/feed/ VN:F [1.9.1_1087]Salvando…Rating: 0.0/10 (0 votes cast) Adicionar aos favoritos […]
20 agosto, 2010 às 1:38 am
Deixo aqui minha indignação quanto ao Estado interferir no direito de amar, de seu povo. É humanamente impossível uma viúva não sentir atração, amor por outros homens, no decorrer de sua vida, e ter que viver com uma espécie de venda nos olhos, porque o Estado assim dita.
Talvez seja por essa mesma indignação que os iranianos não sejam tão retrógrados, quanto imaginamos, pois sabem exatamente aqueles seus direitos que são ignorados pelo governo, pela justiça…
Só nos resta lamentar e torcer, para que não seja o fim de mais uma vida feminina, de mais uma família.
Parabéns pelo Blog!
Abçs.
20 agosto, 2010 às 1:41 am
Só para fazer a correção do meu blog, que no post anterior saiu errado:
http://passeioporaquieporali.blogspot.com/
Obrigada.