Prezados leitores,
Obrigada pelas mensagens de otimismo quanto à subtração do meu computador. Aprendi algumas lições dolorosas sobre a importância do backup, a importância de não confiar muito na segurança e também a importância de saber viver sem computador. Enquanto estive sem o tal, aproveitei para usar meu tempo de outras formas como ler livros e ir ao teatro (moro na cidade que tem o maior festival de teatro do mundo). Vivi muita coisa diferente nesse período e, acabou sendo uma oportunidade de mudança, mas claro, continuo fazendo a piadinha de que o Obama tem um backup do que eu perdi e continuo checando meu e-mail sempre.
A página do Direito é Legal no facebook manteve atualizações muito mais frequentes que o blog exatamente por conta de sua praticidade, por tanto, ela não ficou tanto tempo desfalcada como esta aqui.
Mas hoje eu quero falar sobre uma coisa que exige um pouco mais de espaço. Essa coisa se chama Smartphone.
Smartphone é a melhor e a pior coisa que já inventaram, não é?! É a melhor coisa porque você tem a a solução de 80% dos seus problemas anteriores ali, na palma da mão. Está perdido? Olha o mapa no smartphone. Está sozinho? Encontre amigos no smartphone. Não sabe a tradução? Seu smartphone sabe. Precisa registrar? O smartphone tira uma cópia, uma foto ou até grava para você. É incrível esse espertofone!
Porém, embora seja a solução de muitos problemas que existiam antes, o smartphone também criou problemas que não existiam antes. Um desses problemas é a completa desconexão com o mundo à sua volta. As pessoas vão pra casa da avó, mas nem conversam com a avó. Vão para as aulas e não prestam atenção nas aulas. Esse discurso já está ficando até passado, mas a situação não muda. Outros problemas também começam a ficar mais fáceis de serem criados como a infidelidade virtual, as ameaças, os vícios em candy crush, a saidinha de banco e até problemas de labirintite (não foi só eu que pensei nisso, foi?!).
Desde 2008, já existem leis no Brasil que proíbem o uso de celulares e coisas do gênero em salas de aula. A idéia veio de um conceito inovador que diz que se você está na aula é para prestar atenção no professor. A Lei n.° 4.734 do Rio de Janeiro assim diz:
Art. 1º Fica proibido o uso de telefone celular, games, ipod, mp3, equipamento eletrônico e similar em sala de aula.
Parágrafo Único – Quando a aula for aplicada fora da sala específica, aplica-se o princípio desta Lei.
Art. 2º Fica compreendida como sala de aula todas as instituições de ensino, fundamental, médio e superior.
(e segue)
Não é necessário, no entanto, que exista uma lei para proibir o uso de aparelhos eletrônicos em salas de aula, basta que o estabelecimento de ensino defina isso e exponha para os alunos. Em alguns casos, acho sim que o aluno pode utilizar o aparelho eletrônico, como para apresentar um trabalho, anotar na agenda e fazer pesquisas. Ora, convenhamos! Embora tenha seu lado de razão, acho uma lei um tanto quanto dura para uma situação que pode ser favorável se bem coordenada.
O que quero dizer é, com o furto do meu computador, aprendi a ver a vida de uma outra forma, embora tenha muitos hábitos ligados à internet que não quero mudar completamente. Talvez com o celular, o mesmo possa acontecer, por exemplo, na sala de aula, ou entre amigos e família. Quem sabe, quando a gente levantar os olhos do smartphone o mundo nos parecerá mais interessante! Quem sabe?!
Mais:
Juiz multa pais de estudante que usava celular em sala de aula
Use seu tempo de conexão para coisas bem úteis: siga a história do fim do voto secreto no Congresso!
Tags: educação, sala de aula, smartphone
12 setembro, 2013 às 11:08 am
Que bom que voltou!
Coloca ai umas dicas para estudantes de Direito também ^^
13 setembro, 2013 às 3:57 pm
Alavanque sua carreira, aproveite e faça o curso de Pós Graduação na Universidade Estácio de Sá.
Informações: http://www.posestacio.com.br
19 outubro, 2013 às 10:50 pm
Hoje faltou luz aqui na minha cidade…Só assim para perceber o quanto sou dependente da internet. Quero estar conectada o tempo todo. E olha que sou totalmente antiquada, pois a única coisa que uso para interagir com as pessoas na net é o e-mail e fóruns (nada mais!). Sim, sou a favor de regras. Regras que nos tornem mais livres! Viva a tecnologia com moderação!
27 novembro, 2013 às 11:18 am
Esta questão do vício no smartphone é realmente absurda. Dia desses estava fazendo uma audiência, e percebi que o juiz estava olhando para a mesma folha de um processo por vários minutos. De vez em quando ele dava uma risada – que não tinha qualquer relação com o assunto tratado ali, que era bem constrangedor. De repente, ele tirou a mão da folha, e deu pra ouvir o barulhinho da mensagem do Whatsapp chegando no celular… Realmente, é algo que está se tornando um absurdo.