Não é fácil ler um livro até o final. Não é fácil nem mesmo ler um texto até o final. Por isso, já vou avisando: No final desta postagem tem sorteio!
As últimas estatísticas que encontrei sobre leitura no Brasil foram desestimulantes. Segundo pesquisa do IBOPE encomendada pelo instituto Pró-Livro, o brasileiro, em média, lê quatro livros por ano, sendo que apenas 2,1 até o fim. Este número tem diminuído, pois em 2007 eram 4,7 livros (sim, número fracionados são engraçados em estatísticas!).
Aqui na França (minha atual moradia), a coisa é diferente. E não estou dizendo que seja melhor ou pior, embora daqui a pouco vá dizer! A média de leitura anual do francês é de 10 a 20 livros (achei os dois números em pesquisas).
Então me pergunto, por quê?
Respostas óbvias: Desestímulo à educação, grande número de analfabetos, país dominado pela televisão, país dominado pelos dogmas religiosos etc. Mas se até a bíblia entra nessas estatísticas (aliás, é o livro mais lido pelo brasileiro) e se os livros são isentos de impostos no Brasil, então por que tão poucos no Brasil e tantos na França?
Algumas outras observações:
- O francês tem uma jornada de trabalho de 35 horas semanais, o que lhe garante mais tempo livre para fazer outras coisas, como por exemplo, caminhar até um lindo parque e abrir um livro debaixo de uma árvore!
- As bibliotecas francesas são deliciosas (algumas brasileiras também, concordo!) e com menos nhenhenhê para entrar e emprestar livros. Por exemplo, você não precisa largar sua mochila, o celular e as chaves na entrada da biblioteca, pode levar tudo com você. E não precisa devolver o livro em 3 ou 4 dias. Aqui você tem quase um mês para se debruçar sobre a literatura que te agrada! Claro, isso varia de biblioteca para biblioteca. Sei bem!
- Em todas as casas francesas que estive encontrei estantes nos banheiros recheadas de bons títulos. O banheiro é realmente um lugar interessante para manter livros. Mas é preciso cuidado com umidade.
- O tempo frio no outono e no inverno convida para uma vida mais intelectual. Isso é algo mais difícil de conseguir mudar no Brasil.
- As pessoas simplesmente criaram essa cultura, adoram conversar sobre isso e trocar títulos.
- Os livros são baratíssimos, mais ou menos a metade do preço dos livros no Brasil.
Então, sim, eu acho que um país que lê muito seja melhor que um país que leia pouco. Isso porque a leitura faz com que as pessoas tenham uma visão mais geral das coisas, opiniões diversas, amplia horizontes e criatividades.
Desta forma, quando troquei alguns e-mails com o Sr. Felipe Trudes, responsável pelo Livreiro Virtual, com mais de 100 títulos jurídicos, decidi colaborar com a divulgação de iniciativas no Brasil que estimulem a leitura e a educação do povo, pois é minha convicção que só assim faremos um país melhor (oi, clichê, tô nem aí!).
O Sr. Felipe deu uma pequena entrevista para o blog e oferece três títulos para sortear para os leitores em qualquer cidade do Brasil. Ele enviará os títulos pelos correios.
Portanto, se tiver interesse, favor comentar neste post sobre livros que você recomenda (jurídicos e não-jurídicos) e deixar o nome e e-mail que vou sortear de acordo com o número de comentários (contando de cima pra baixo).
O sorteio será em duas semanas pelo site SORTEADOR.COM (o mais simples que achei).
O que vocês pensam sobre a educação do Brasil e como pensam que podem colaborar com esta questão?
Embora em nosso país a educação seja reconhecidamente uma estrutura frágil e presa a modelos antiquados, sua manutenção é fundamental, pois reside nela uma das pedras angulares da organização social de um povo. É mister que esteja entre as prioridades dos governos e também dos lares, pois cabe às famílias parcela significativa desta responsabilidade. Os investimentos são insuficientes e geram parco ou nenhum resultado, raramente causando os efeitos previstos no planejamento inicial. Torna-se urgente, portanto, que se pense e aplique uma reformulação ao status quo, de forma a construir e solidificar o conhecimento não apenas no papel e nos livros, mas principalmente nas vidas dos estudantes. Incentivar a pesquisa, instigar a curiosidade e a dúvida, estimular os questionamentos e o raciocínio crítico, despertar o prazer da investigação e do encontro com as soluções e respostas são algumas maneiras de tornar mais atraente o moroso ato de frequentar a escola, visto que na maioria das instituições são aplicados tão somente o superficial, a fórmula pronta, a imposição de um saber que carece de significação.
A questão é mais profunda e envolve um sem-número de fatores políticos, econômicos e sociais. Entretanto, na prática é possível visualizar como o atual sistema está desgastado mesmo mediante breve observação do lado mais frágil, isto é, dos alunos. Conclui-se que, ao modificar a maneira de aprender, de analisar o mundo e as mensagens recebidas tanto no ambiente de ensino quanto na vida cotidiana, é possível aumentar as chances de criar uma sociedade mais agente, consciente e responsável, que buscará, dentre tantos outros valores esquecidos ou abandonados, a justiça – senão no Direito em si, na altiva busca pela retidão e pelo correto: nos próprios atos e nos alheios.
Os livros, neste contexto, podem ser vistos como meros veículos, que não funcionam sem um condutor; porém, ao facilitar o acesso aos mesmos, estamos fazendo nossa parte, colaborando para que o conhecimento esteja em contínua circulação e evolução, e chegue às mãos, mentes e corações dos futuros transformadores do mundo. Nós, que já deixamos a vida acadêmica, mas que ainda somos eternos aprendizes da vida, temos a honra de fornecer as ferramentas que auxiliam nessa tarefa. Ainda que tímida, não deixa de ser missão enobrecedora e da qual nos orgulhamos.
Como sabem que o preço praticado por vocês está abaixo do mercado e como o leitor poderá comprovar isso?
Sempre estamos pesquisando os sites concorrentes e cobrimos a oferta os livros mais procurados. Se encontrar mais barato, pode vir conversar com a gente.
Quais serão os títulos e autores de livros que vocês propõem sortear?
Guia Previdenciária
Autores: Justiniano Magno
1690 paginas
Editora Expansão Cultural
http://www.livreirovirtual.com.br/produto/guia_previdenciario.html
Código Penal Comentado (atualizável pela internet 365 dias do ano)
Autor Ulisses Vieira Moreira Peixoto
1494 paginas
Editora Republica dos Livros
http://www.livreirovirtual.com.br/produto/codigo_penal_comentado__artigo_por_artigo__pratica_forense_criminal.html
Soluções Praticas Trabalhistas
autor Gleibe Pretti
1520 paginas
Editora Cronus
http://www.livreirovirtual.com.br/produto/solucoes_praticas_trabalhistas.html
Obrigada!
Mais:
Book do Dia – blog criativo da escritora Sabrina Abreu (de onde tirei a foto que ilustra a postagem)
Estatísticas e Curiosidades sobre livros
Brasileiro lê, em média, 4 livros por ano
Livros são isentos de impostos, e-books pagam
Hábito de ler está além dos livros
Obrigada aos que contribuíram com esta postagem!
5 novembro, 2012 às 11:30 am
Sou analfabeto em relação a matéria trabalhista e previdenciária, não é a minha praia da forma que Copacabana é a Praia do Drummond.
Concordo plenamente em relação das bibliotecas. Poder emprestar um livro por 4 dias não estimula a leitura. Ninguem lê e entende Fausto da Goethe em apenas 4 dias, a não ser que não tenha mais nada a fazer.
Quando era criança, pegava livros na biblioteca 1 vez por mês (o tempo do empréstimo) geralmente levava uns 3 ou 4.
Fiquei abismado quando cheguei aqui no Brasil na faculdade de direito e percebia que muita gente na faculdade mal sabe ler.
5 novembro, 2012 às 1:00 pm
Leitura de qualquer livro sempre foi uma coisa muito agradavel para se fazer! Nunca considerei cansativo (mesmo quando li Ana Karenina de Tolstoi com cerca de 900 paginas ).
Confesso que fico espantada, mas sei da realidade, quando vejo esses indices do brasileiro ler apenas 4 livros ao ano. Quatro livros leio ao mês no minimo! Na faculdade mesmo sei que há pessoas que começaram a ler por conta dos trabalhos a serem realizados. Mas cadê a satisfação nisso? Leitura por obrigação realmente será cansativa e possivelmente chata.
Realmente falta estimulo para que a pessoa desde sempre, quando esta em seu processo de formação na infância principalmente, pegue o ”gosto” para fazer a leitura de seja lá qual for o livro.
Sobre as recomendações de livro, indico as obras o autor John Grisham. Já li várias como por exemplo ”O Advogado”, ” Dossie Pelicano”, ”A confissão” e ”O corretor”. Possui uma temática interessante envolvendo politica e questões do sistematica juridico americano.
5 novembro, 2012 às 1:35 pm
Excelente texto. Eu acompanho o blog desde que comecei o curso de Direito, estou no segundo ano. Profissionalmente sou especialista na área da Tecnologia da Informação, área que atuo desde 2000.
Desde minha infância convivi com os livros, minha mãe é professora com formação em letras e meu pai, apesar de ter cursado somente até a 4ª série, sempre leu muito e me incentivava a leitura, talvez por influência da minha mãe. Deste modo eu digo que a leitura é hábito e nada mais.
Um dos motivadores de cursar o Direito era a necessidade da leitura e busca do conhecimento de forma mais ampla. O operador do Direito deve, entre outras características, ter uma cultura e conhecimento além das leis, parafraseando um professor “Aprende-se Direito com o que não é Direito”.
Convivo com dois mundos, das extas e de humanas. Devo revelar que o pessoal da área de exatas não tem muito apreço pela leitura, conheço poucos que tem em sua rotina a leitura de livros que não sejam extremamente técnicos, não é de meu espanto devido especialidade.
No mundo da humanas pensei que iria encontrar colegas que tivessem a leitura também como um hábito, mas me causa espanto que poucos futuros juristas apreciam o hábito de ler. Em sua grande maioria não fazem nem o básico, a leitura de doutrinas, muito menos livros complementares que são recomendados por nossos mestres, ficam mais distantes ainda na pesquisa sobre assuntos que tenham interesse ou não obtiveram entendimento completo nas aulas. Neste ponto me causa espanto.
Sabemos que temos preços de livros elevados no Brasil, país que tem uma renda tão mal distribuída, mas no último ano descobri os livros de bolso que são vendidos em bancas de jornal com preços entre R$8,00 a R$12,00. São livros que considero acessíveis a muitos e com excelentes títulos. Fica como uma dica.
É necessário criar o hábito da leitura incentivado pelos pais, parentes, professores, governo etc. Vejo que muitas pessoas não adquiriram por ter começado com livro errado, gerando no início certo repudio, um ponto importante é o livro certo.
5 novembro, 2012 às 3:03 pm
Falta no Brasil estímulo, o mundo está recheado de gírias absurdas e clichês horríveis, tem de se criar não somente uma data, mas sim uma disciplina voltada a leitura. Graças a Deus posso dizer que sou amante dos livros. Leio livros de diversas áreas: desde os religiosos, aos jurídicos, romances, revistas e jornais. Amo antes de deitar …ler para descansar e relaxar. Dos livros que já li cito alguns que me entreteram mais: A ira dos Anjos – Sidney Sheldon, O Advogado – John Grisham, 12 semanas para mudar uma vida – Augusto Cury. Esses realmente fizeram uma certa diferença no meu dia a dia.
Meu e-mail é: alexsandrac79@hotmail.com
P.S —> Amo Trabalhista, é como o ar que respiro! está nas veias desde pequena, papai pedreiro me estimulou como famoso informe:”João de Barro”. Fiquem com Deus!
5 novembro, 2012 às 3:41 pm
Ótima matéria.
Como sou universitário e não tenho uma condição financeira avantajada, recorro ao Sebos, para compra de livros usados. excelente opção custo benefício.
5 novembro, 2012 às 3:42 pm
meu email: barty_751@hotmail.com
Adoro Penal.
5 novembro, 2012 às 4:34 pm
Infelizmente, moramos em um país, em que o livro ainda não é visto com bons olhos. Nossa nação precisa evoluir culturalmente, e aprender a disfrutar desse grande reservatório de conhecimentos que é o livro.
A mídia deveria dar mais publicidade, de incentivo à leitura, mostrando ao brasileiro o quanto é bom ler um livro, e a enorme sabedoria que se adquire quando se tem o habito de ler. Hoje com a explosão da internet, somos beneficiados pela facilidade de encontrar livros digitalizados. Eu mesmo como leitor desfruto dessa prerrogativa que nos foi apresentada, pois com isso é fácil o acesso à obras de literatura, que mostram nosso Brasil no passado. Também contamos com as indispensáveis obras de pensadores políticos como é o caso de umas das mais conhecidas obras política, o príncipe de Maquiavel, que podemos encontrar facilmente.
Sendo assim acho que o brasileiro deveria sair da alienação da televisão e se preocupar em ler mais, com isso aumentando seu raciocínio, ganhando novos conhecimentos, e a possibilidade de se posicionar sobre um determinado assunto, sem se deixar levar por influências.
Eu como estudante de direito, recomendo o Blog, pois sempre está repleto de postagens que ajuda a compreensão e melhor conhecimento sobre assuntos que estão no ápice das discussões jurídicas.
Recomendo A cidade antiga( Fustel de Coulanges), O contrato social, O Advogado do autor Dossie Pelicano, como também o mundo de Sofia de Jostein Gaarde que é fundamental para quem está iniciando os estudos de filosofia. Já li muitas obras mas confesso que essas me marcaram muito.
diogo_oliveira12@hotmail.com
5 novembro, 2012 às 9:48 pm
Recomendo “Saga Brasileira” de Miriam Leitão, “Cartas a um jovem juiz” do Min. Cesar Asfor Rocha, o estupendo “Codigo da Vida”do grande Saulo Ramos , “A Confissão” de Flavio Carneiro e “Um Dia” de David Nicholls!
Pedro Gustavo Lourenço
6 novembro, 2012 às 1:23 pm
Eu sempre gostei de ler e devo isso principalmente a duas figuras: Minha Madrinha (que era proprietária de um colégio particular) que sempre acreditou em mim e me motivou a estudar e ler desde tenra idade e ao meu Pai que como trabalhava em uma distribuidora de revistas sempre me trazia muitos gibis.
Eu sempre acompanho o blog (desde que o conheci) por que Direito sempre foi uma paixão platônica, mas finalmente consegui e troquei o meu curso (Marketing) e no ano que vem começo a fazer Direito (sou bolsista porque onde moro não há Direito nas Universidades publicas e as privadas tem mensalidades na casa dos mil reais o que tornaria impossível pra mim cursar em minha cidade caso não fosse bolsista).
Comecei a ler alguns clássicos pra já ir me habituando ao tema ^^
E adorei “O Caso dos Exploradores de Cavernas” e estou adorando também o “Dos Delitos e das Penas” e já estão na fila “A Luta pelo Direito” e “O Caso dos denunciantes invejosos”.
Abração.
6 novembro, 2012 às 4:19 pm
Olá, estou acompanhando os posts aqui do blog por e-mail, afinal, sou uma bacharel em Sistemas de Informação que quer muito voltar ao Direito (sim, cursei 2 semestres). Sobre os assuntos jurídicos eu estou me atualizando novamente por isso não comentei em outros posts mas nesse…tive que comentar.
Área das exatas realmente não tem fama de ter leitores o que eu acho errado, afinal, na área que me formei pode ser até que o que era novidade ontem hoje não seja mais, mas nada como uma boa leitura em livros mais antigos para conhecer bem a origem de todas essas novidades atuais. Eu, porém sou leitora assídua, e neste ano já li 39 livros. Não leio com pressa, leio conforme tenho um tempinho todos os dias e além disso tenho um blog que fala de cultura e que convido a todos a conhecerem: estou conseguindo colocar semanalmente resenhas de livros lá e tento fazer várias promoções, minha pequena contribuição para o aumento da leitura entre os internautas. Livros que li recentemente e que recomendo são: Acima de Qualquer Suspeita , O Inocente (ambos do autor Scott Turow) e A Casa das Orquídeas (Lucinda Rilley). Abraços.
14 novembro, 2012 às 3:06 pm
Oi Didi parabéns pelo trabalho no blog .. entrei sem quere mais valeu a pena muito bom … que Deus abençoe abraços
19 novembro, 2012 às 4:02 pm
Olá,
Primeira vez que entro no blog, e achei interessantissíma a matéria. Desconhecia tais estatisticas sobre a leitura no Brasil.
Realmente é complicado e tem pouco incentivo. Sou estudante de Direito (1º semestre ainda..rs) e vejo como é complicado o sistema das bibliotécas, afinal com tantas atividades, o período de emprestimo ser somente de 4 a 5 dias, fica impossível.
O livro que recomendo é: A Vida que vale a Pena ser Vivida, de Clóvis de Barros Filho e Arthur Meucci.
meu email: roxannebarros@msn.com
Abraços.
19 novembro, 2012 às 6:30 pm
Queridos participantes, encerro aqui os comentários destinados ao sorteio de livros oferecidos pelo Livreiro Virtual. Os próximos comentários não irão participar do sorteio. Agradeço a atenção e dicas de todos!
26 setembro, 2014 às 5:51 pm
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